Miguel Rocha e Gui Santos Vencem na Vagueira
A praia da Vagueira recebeu a comunidade de bodysurf com um dia cheio de boas ondas, onde Miguel Rocha, venceu pela terceira vez em 2023 uma etapa do Campeonato Nacional de Bodysurf. Já Gui Santos veio também com a lição estudada e venceu com autoridade.
O dia começou pelas 09h40 da manhã com ondas a rondar o metro e com pouco vento. O que restava da recente tempestade garantiu ao longo do dia baterias consistentes, com várias opções para os atletas explorarem entre esquerdas e direitas.
A primeira bateria assistiu ao regresso de Filipe Sá Leal, que veio pela primeira vez este ano a uma prova, tendo passado a sua bateria em segundo lugar atrás de João Moço e feito um caminho até à meia-final, deixando para trás atletas com mais experiência.
Ao longo do dia o principal desafio para os atletas foi encontrarem o local certo para se posicionarem. O pico com ondas de direita mais curtas exigia que se estivessem sempre a reposicionar. Já a esquerda, mais longa obrigava os atletas a saírem mais a norte e correrem pela areia para entrarem mais a sul.
Quando chegámos às meias-finais juniores, Gui Santos mostrou imediatamente que vinha com a lição estudada depois de ter ficado em segundo lugar na etapa anterior. Já Santiago Boia esteve pouco alinhado com o mar ao longo de todo o dia o que não o impediu de chegar ao segundo lugar. Os outros finalistas foram Filipe e David Nascimento que ficaram em quatro e terceiro lugar respetivamente.
A final Open escreveu-se nos primeiros e nos últimos momentos. Nos primeiros momentos da bateria, Miguel Rocha apanhou duas ondas que deixaram a restante bateria em combinação. Um 8,50 logo seguido de um 9,50. Duas ondas surfadas com elegância e nível técnico só conseguido por alguns. Os restantes, três atletas ficaram o resto da bateria a tentar sair de combinação, sendo que Pedro Collaço e Diogo Areias escolheram ondas que não lhes permitiram dar a volta à bateria mantendo-se em combinação até ao fim. Já no decorrer da bateria Rodrigo Carrajola, trouxe o seu melhor bodysurf e conseguiu sair da situação de combinação para nos derradeiros segundos ter apanhado um tubo onde se manteve durante uns segundos tendo conseguido sair no limite. Foi um momento de silêncio na praia. Os Vagueirudos, a claque de sempre de Miguel Rocha sentiu que este poderia ter sido a onda que virava a bateria para Rodrigo Carrajola. Os gritos de felicidade foram ouvidos quando a nota saiu, um 9.33 que não foi suficiente. Uns segundos depois a buzina tocou e Miguel Rocha sagrou-se pela terceira vez em 2023 vencedor de uma etapa do Campeonato Nacional de Bodysurf, deixando-o cada vez mais próximo do quarto título.
Para a organização “ esta foi mais uma prova incrível. Viemos à Vagueira com muita expetativa e com muita alegria pois somos sempre muito bem recebidos e hoje não foi exceção. Ficamos sempre muito agradecidos pelo o apoio que recebemos quer da comunidade quer no executivo municipal, que nos recebe desde que começamos a organizar o Campeonato Nacional de Bodysurf.”
Resultados Vagueira Pro – Praia da Vagueira, Vagos
Open
1º Miguel Rocha - AVS
2º Rodrigo Carrajola – ESC
3º Diogo Areias – VSC
4º Pedro Collaço– PPSC
Júnior
1º Gui Santos – AQUACARCA
2º Santiago Boia – ADMS
3º David Nascimento – ADMS
4º Filipe Nascimento - ADMS
As baterias já estão disponíveis online em www.bodysurfportugal.com
Em 2023 o calendário e Locais são
1ª Etapa–1 de maio –Figueira da Foz
2ª Etapa – 27 de maio - Lourinhã
3ª Etapa – 10 de junho - Vagos
4ª etapa – 22 ou 23 de julho- Santa Cruz
5ª Etapa – 16 ou 17 de setembro – Cascais
As inscrições para esta primeira etapa encerram na quarta-feira anterior e podem ser realizadas em www.bodysurfportugal.com
Este campeonato só é possível com o apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz, do Clube ADMS, da Camara Municipal da Lourinhã, do Praia Surf Clube, da Câmara Municipal de Cascais, da Aqua Carca, da Câmara Municipal de Torres Vedras, da Sealand, da Câmara Municipal de Vagos, da Associação de Surfistas de Vagos, do Mare, da Migas Surf School , da Billabong , da Nixon, da Dafin, do Portugal Natural, da Fonte Viva, da UCA, AHUA, da Espumantaria, do Ferroviário, da Surfrider Foundation Europe Lisboa, da Best Company e dos parceiros de media MEO Beachcam, da Federação Portuguesa de Surf e da Associação Surf Social Wave que assume a organização deste campeonato, mas sobretudo dos bodysurfers que são o maior incentivo para levar este campeonato mais longe.
A Associação Surf Social Wave é uma associação sem fins lucrativos de caracter social e utilidade publica, que atua na área do surf, contribuindo através da prática deste desporto e de todas as valias que o mesmo traz, quer do ponto de vista da capacitação física, quer do ponto de vista da aquisição de competências, para a melhoria de vida de três segmentos da sociedade em situação de exclusão social ou em risco de exclusão. Este é um projeto estruturante e estruturado, que está alavancado nos principais parceiros do surf em Portugal e conta com parceiros institucionais.
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