Miguel Rocha e Jaime Bonito dominam em Peniche
Decorreu ontem no pico da Mota em Peniche a terceira etapa do Campeonato Nacional de Bodysurf e do I Campeonato Nacional de Bodysurf Júnior com condições razoáveis, ondas de meio metro e vento offshore.
O dia começou ainda com a maré a vazar mas com a promessa de boas ondas. As linhas que se aproximavam da costa norte de Peniche, no Pico da Mota eram consistentes e com boa formação.
A prova iniciou-se pelas 09:00 com as baterias das meias finais de Júnior onde os destaques foram para os estreantes, Jaime Bonito, atleta de Bodyboard Esperanças e Francisco Ribeiro, wildcard do Península de Peniche Surf Clube. Estes dois atletas rapidamente mostraram que estavam nesta competição para lutar por uma vitória. Deixando logo pelo caminho Filipe Sá Leal e Miguel Arrobas.
A final já com condições difíceis deixou uma vez mais um resultado diferente, com Jaime Bonito em primeiro, Francisco Ribeiro em segundo, António Coutinho em terceiro e Tiago Mesquita em quarto, abrindo desta forma ainda mais a luta pelo título.
A prova do Open decorreu sobre um único mote, o domínio completo de Miguel Rocha que ao longo do dia mostrou que estava ali para ganhar a etapa, apesar da presença do campeão europeu de Bodyboard, o wildcard desta etapa Daniel Fonseca, que o ano passado tinha ganho esta prova em Peniche.
Miguel Rocha teve um primeiro heat com o ex-campeão nacional António Stott onde de uma forma consistente construiu a partir daí um resultado sólido que o havia de levar à final e vencê-la.
Outro destaque do dia foi o atleta João Brogueira que de uma forma inteligente e consistente tem sabido olhar para as condições e tirar proveito das mesmas. Com a maré a encher foi João Brogueira que abriu caminho para o pico mais a sul do palanque, onde as esquerdas ofereciam paredes mais longas e maiores. Brogueira com um estilo de bodysurf cada vez melhor sobe construir o seu caminho até à final.
A final teve ainda mais um atleta da Associação de Surf de Vagos, Tiago Ramos que ficou em 3º lugar e se estreou assim nos pódios do Campeonato Nacional de Bodysurf.
A final deixou o seguinte resultado: 1º Miguel Rocha, 2º João Brogueira, 3º Tiago Ramos e 4º Daniel Fonseca s.
A Câmara Municipal de Peniche e o Península de Peniche Surf Clube foram uma vez mais os anfitriões de uma etapa que apesar de difícil provou porque é que Peniche é um dos melhores locais em Portugal para a organização de eventos de ondas.
A próxima etapa será em Santa Cruz, no evento Ocean Spirit nos dias 28 ou 29 de julho e as inscrições estão abertas em www.bodysurfportugal.com
Este ano o Campeonato terá 5 etapas de um dia, sendo que tal como no ano passado existirá um período de espera entre dois dias, sendo escolhido o dia de cada etapa na quarta-feira anterior de modo a garantir as melhores condições para os atletas.
Campeonato Nacional de Bodysurf– I Campeonato Nacional de Bodysurf Júnior
Cascais Pro - 21 de abril –Carcavelos, Cascais
Ericeira Pro - 19 de maio – Ericeira – Mafra
Peniche Pro - 15 de julho – Pico da Mota, Peniche
Ocean Spirit Pro 28 ou 29 de julho – Sta Cruz – Torres Vedras
15 ou 16 de setembro – Vagueira – Vagos
As inscrições estão abertas para as próximas etapas no site www.bodysurfportugal.com
Este campeonato só é possível com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, do Aqua Carca, da Câmara Municipal de Mafra, do Ericeira Surf Clube, da Câmara Municipal de Peniche, Do Península de Peniche Surf Clube, do Centro de Alto Rendimento de Peniche, da Câmara Municipal de Torres Vedras, da Sealand, da Manel Sport, da Câmara Municipal de Vagos, da Associação de Surfistas de Vagos, do Mare e da ALMA, da Dafin, das águas da Fonte Viva, da Espumantaria, da Surfrider Foundation Europe Lisboa, dos parceiros de media MEO Beachcam, da Federação Portuguesa de Surf, da Associação Surf Social Wave que assume a organização deste campeonato e sobretudo dos bodysurfers que são o maior incentivo para levar este campeonato mais longe.
A Associação Surf Social Wave é uma associação sem fins lucrativos que atua na área do surf, contribuindo através da prática deste desporto e de todas as valias que o mesmo traz, quer do ponto de vista da capacitação física, quer do ponto de vista da aquisição de competências, para a melhoria de vida de três segmentos da sociedade em situação de exclusão social ou em risco de exclusão. Este é um projeto estruturante e estruturado, que está alavancado nos principais parceiros do surf em Portugal e conta com parceiros institucionais.